Pedágio mais justo, estradas mais seguras: o novo modelo de SP

Por Rafael Benini – Secretário de Parcerias em Investimentos
São Paulo concentra nove das dez melhores rodovias do Brasil, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Esse nível de qualidade reflete uma política pública consistente, que combina planejamento técnico, escuta da sociedade e parcerias com o setor privado, por meio do Programa de Concessão Rodoviária do Governo de São Paulo, com contratos assinados nesta gestão. O objetivo é ampliar a segurança nas estradas e reduzir acidentes fatais, ao mesmo tempo em que se impulsionam o desenvolvimento regional e a economia.
Entre 2023 e 2024, o Estado já investiu cerca de R$ 9 bilhões e projeta mais R$ 60 bilhões em investimentos nos próximos anos.
Entre os projetos do programa estão a Rota Sorocabana, Nova Raposo, Lote Paranapanema, Litoral Paulista, Circuito das Águas e Rota Mogiana – totalizando cerca de R$ 42 bilhões em investimentos. Estão previstos ainda R$ 15 bilhões em obras a serem executadas e garantidas por contratos assinados durante esta gestão, a exemplo do Rodoanel e da Econoroeste.
Esses novos projetos abrangem mais de 2 mil quilômetros de rodovias em todas as regiões do Estado. Juntas, essas concessões têm potencial para gerar mais de 90 mil empregos (diretos, indiretos e por efeito renda), impulsionando a economia, promovendo inclusão produtiva e consolidando um novo ciclo de desenvolvimento regional com segurança viária, modernização da infraestrutura e justiça tarifária.
As melhorias incluem duplicações, acostamentos, vias marginais, passarelas, acessos viários, dispositivos de conexão em nível e desnível (viadutos e túneis), pontos de ônibus, conectividade, 100% de monitoramento com integração à Muralha Paulista (uma iniciativa do Governo de São Paulo que visa controlar a criminalidade no estado), pontos de parada para descanso, iluminação das vias, serviços de atendimento ao usuário, como serviço de ambulância com médico, entre outros. Essas melhorias trazem ganhos reais para a mobilidade, logística, turismo e para a qualidade de vida de milhões de paulistas.
Essas concessões também adotarão o modelo de pedágio eletrônico (free flow) – sistema que dispensa praças físicas de cobrança e realiza a tarifação automática por meio de pórticos instalados ao longo das rodovias. Quanto mais pórticos, menor a tarifa, maior a justiça tarifária e a economia para o usuário, que pagará apenas pelo trecho efetivamente percorrido, ou seja, o que usar.
Além de promover justiça tarifária, o free flow elimina as paradas dos veículos, melhorando o fluxo nas vias e garantindo uma maior segurança viária, reduzindo o risco de acidentes e mortes. O sistema já é adotado com sucesso em países como Estados Unidos, Canadá, Noruega, Suécia, Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Chile, onde se consolidou como uma solução moderna, eficiente e segura para a mobilidade em rodovias. No Brasil, o modelo está em fase de expansão e integra os contratos das novas concessões.
Ainda este ano, o Governo de São Paulo fará a entrega da primeira fase das obras do Rodoanel Norte. O projeto vai ligar a Grande SP às rodovias estaduais e federais, desviando o trânsito pesado das marginais Tietê e Pinheiros. Também estão em andamento a extensão das Rodovias Carvalho Pinto e Castello Branco e a construção da terceira pista da Rodovia Imigrantes, que permitirá uma nova ligação entre o Planalto e a Baixada Santista.
E os benefícios para a população já começaram: os projetos da Nova Raposo e da Rota Sorocabana proporcionaram reduções reais no valor das tarifas desde 30 de março. O pedágio entre Sorocaba e Alumínio caiu de R$ 12,60 para R$ 9,90 e, após a implantação do free flow, será ainda mais reduzido. Entre São Paulo e Sorocaba, a tarifa caiu de R$ 26,70 para R$ 20,50, também terá mais redução.
Além disso, nesses dois projetos está prevista a construção de uma via marginal contínua e gratuita ao longo da Raposo Tavares no município de Sorocaba e entre Cotia e São Paulo, garantindo mobilidade urbana sem cobrança para os motoristas locais. Há previsão de diversas outras obras na Região de Sorocaba, como a duplicação e contorno em Salto do Pirapora, marginais entre Araçoiaba e Sorocaba, duplicação entre Sorocaba e Piedade, faixas adicionais na Castello Branco e na Castelinho, melhorias dos dispositivos de Aparecidinha, no dispositivo da Raposo Tavares com a João Leme dos Santos, entre outros.
A substituição da praça de pedágio de Alumínio por pórticos eletrônicos também acabará com distorções como a da “Vila Pedágio”, bairro que há anos vivia isolado pela praça de pedágio.
Outro marco relevante é a isenção total para motociclistas, adotada como diretriz nos projetos estruturados a partir de 2023. Essa medida já está garantida nos contratos dos projetos do Litoral Paulista, Rota Sorocabana, Nova Raposo, Circuito das Águas, Rota Mogiana e do Lote Paranapanema, e reflete o compromisso do Estado com uma política de maior economia, com menos tarifa e mais justiça tarifária. O governo também estuda a regulamentação dos contratos anteriores, como os do Rodoanel Norte e da Econoroeste.
Os novos projetos também preveem duplicações em trechos estratégicos, como entre Itatiba e Bragança, Jundiaí e Caieiras, e Cajamar e Jarinu, além da implantação de novas marginais, contornos urbanos e da modernização completa da infraestrutura existente. O objetivo é alavancar o turismo local, com rodovias mais modernas e seguras para turistas, empreendedores e toda a cadeia de valor do setor. As melhorias também beneficiarão os centros de distribuição do e-commerce que operam na região de Campinas, especialmente nas proximidades do aeroporto de Viracopos. A rodovia SP-324, Miguel Melhado, será duplicada no trecho entre o aeroporto e o município de Vinhedo, criando uma alternativa à rodovia Santos Dumont para o escoamento das cargas que chegam ao terminal por frete aéreo.
Em Águas da Prata, a retirada da praça de pedágio e a instalação de um novo pórtico na divisa com Minas Gerais finalmente reconectará o bairro Cascata ao centro da cidade, resolvendo uma demanda histórica da população. Além disso, os novos lotes de concessão vão integrar importantes polos logísticos e agrícolas do Estado de São Paulo – como Casa Branca, São João da Boa Vista e Mogi Guaçu – fortalecendo o escoamento de produtos e a conexão entre pequenas e médias cidades.
O Lote Paranapanema também se consolida como uma rota estratégica para o agronegócio paulista, fortalecendo o escoamento da produção agroindustrial com a duplicação completa da Rodovia Raposo Tavares. A concessão transforma a região em um verdadeiro corredor logístico do agro, impulsionando a competitividade e a integração entre polos produtivos.
Com mais tecnologia, segurança, tarifas mais justas e atendimento padronizado, o Governo de São Paulo reafirma seu compromisso com uma infraestrutura eficiente, inclusiva e voltada para o desenvolvimento econômico das regiões.